Local escolhido para expor

O local escolhido para expor o trabalho é no Hall de entrada da ESAD, mais propriamente na saída para o auditório. Seria necessário um móvel a meia altura e um computador/ecrã para colocar e mostrar o video da segunda interpretação e, à frente colocar o livro. Atrás/ ao lado desse móvel colocar o poster em cima, formando assim um todo para familiarizar o projecto com o “visitante”.

Imagem e Narrativa . Final

1# Interpretação Própria (minha) . Livro

A minha interpretação é como se o poeta tivesse a “cantar” o poema, tal como o titulo nos indica, Ode Triunfal, é o poeta a cantar algo importante, o triunfo. No livro, transcrevo os pensamentos, ideais, medos, pessimismos, sons, tudo o que o poeta Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa sente ao escrever o poema com imagens 1 em cada página, num total de 24 imagens seleccionadas anteriormente. As imagens estão todas colocadas em sequência, em concordância com o poema escolhido. Todas estas imagens serão utilizadas nas interpretações seguintes.

O livro tamanho A6, de capa dura preta por mostrar todo o sentimento do autor, angustia, falta de felicidade contem as imagens, todas a sépia para demonstrar o passado, a altura em que foi impresso lembrando as fotografias antigas com um papel texturado, fazendo mais uma vez lembrar o passado, a imperfeição do papel.

2# Interpretação do meu Professor . Video

O meu professor na interpretação dele falou-me no geral do poeta Álvaro de Campos, do tipo de poemas que escrevia, como os escrevia, sem falar certamente do poema escolhido. Logo, tive de fazer algo que fosse ao encontro dos 2, do poema escolhido e do que ele disse. Sendo o poeta, um revolucionário, um maquinista, tive de ter em atenção ao geral dele.

Anteriormente, fiz um desdobrável em harmónio, com as imagens cortadas aleatoriamente evidenciando o que é mais importante. Contudo, esse desdobrável foi em vão visto que ia ao encontro da primeira interpretação, mostrando a sequência do poema, sem qualquer outro tipo de “inovação”, digamos, e também por ser demasiado extenso, não conseguindo assim abrir com as nossas mãos.

Assim sendo, criei um video com a sobreposição das 24 imagens, do branco ao preto, criando uma memória extremamente pesada, mais uma vez, mostrando todas as dores de cabeça que o poeta tinha até ao momento, criando assim um acumular de situações que o levam ao desespero da revolução tecnológica. Vinha assim todo o mau estar do poeta, toda a sua inquietação. Em baixo mostro o storyboard, as imagens mudam de uma para as outras em cerca de 0.30 segundos.

3# Interpretação da minha mãe (professora) . Poster

O poster foi feito pela montagem dos crops das 24 imagens. A minha mãe resumiu o poema em apenas uma frase e eu tentei, fazer o mesmo com as 24 imagens. Criar 1 poster que contivesse as 24 imagens, mostrando assim toda a confusão sentida pelo poeta. Quem vê o poster sente exactamente isso, toda a confusão sentida, todo o sofrimento, pessimismo em concordância com o barulho das máquinas, das engrenagens, de tudo o que o poeta via/sentia. O cartaz foi feito tamanho A2 a cores. A cor foi utilizada para evidenciar a realidade do pánico causado no autor, visto que nas 2 interpretações anteriores o mesmo não tinha acontecido.

1#2#3#

Perante o poema, tenho uma base de dados de imagens que, a meu olho, me dão a perceber o poema. Todas essas imagens vão ser utilizadas nas 3 perspectivas diferentes, embora de outras maneiras.

1. É a minha perspectiva, a minha interpretação pessoal do poema, onde vou contar o poema através de imagens, transcrevendo os pensamentos, sentimentos, ações com as imagens escolhidas. É mostrar o poema através das imagens. O poema fala essencialmente da industria e da época da nova maquinaria, dos barulhos, ruidos, de tudo o que ela nos fornecia que até poderia levar-nos à loucura. Nesta perspectiva vou utilizar uma publicação física, em que cada página contem 1 imagem. Conforme vamos folheando a publicação, vemos as imagens que nos mostra o significado do poema.

2. É a perspectiva do meu professor do ensino secundário, onde ele me mostra a sequência dos acontecimentos em poemas anteriores do fernando pessoa. Qual o motivo de ter escrito a “Ode Triunfal” com o seu heterónimo Álvaro de Campos, o decadentista, o futurista, pessimista, intimista, sensacionista, quando ele diz que quer sentir tudo, de todas as maneiras. Nesta sequência narrativa, conta-me os pontos chave do poema, em que fala sempre do mesmo de diversas formas. Utilizando as imagens, corto-lhe a parte essencial, a mais importante e enquadro num desdobrável em harmónio. Esse desdobrável utiliza as imagens recortadas, cada lauda contem 1 imagem diferente.

3. É a perspectiva da minha mãe, que também é professora. Ela interpretou o poema numa só frase, onde “resumia” tudo o que sentiu, leu. Nesta perspectiva o objectivo era criar uma montagem, com as imagens utilizadas nas outras duas. Ou seja, seria fazer o mesmo com imagens. Como ela interpretou o poema numa só frase, eu nesta perspectiva faria o mesmo com uma só imagem (conjunto de imagens). Nesta o objectivo final seria criar um poster, em que quando o receptor visse o poster, sentisse o que o poeta sentiu no poema, quando o escreveu.

# 3

Uma das interpretações que fiz foi uma ilustração, utilizando partes recortadas de fotografias para caracterizar o poema, layer a layer vai construindo a ilustração final, como uma sobreposição de ideias chave. Coloquei a preto e branco para relembrar o passado, a época da revolução industrial, da introdução à industria automática. Fábricas, roldanas, máquinas a vapor, engrenagens, lâmpadas enormes, um conjunto de características físicas da altura. Os óculos e a caneta de tinta são as principais característica do autor, Fernando Pessoa, dão a característica do autor no trabalho e o “barulho”, todo o ruido que coloquei como fundo da ilustração significa toda a raiva, nervosismo, as dores e sentidos do autor no momento da escrita! Na interpretação que recebi para fazer esta ilustração, fala exactamente disso, do nervosismo ruidoso que o autor sente perante o todo do inicio da revolução industrial, dos novos barulhos e das novidades todas que até ao momento apareceram, estranhas às pessoas do antigamente. Tudo o que até ao momento era manuel estaria “prestes” a mudar.

Nas interpretações seguintes vou utilizar as mesmas fotos, podendo ter outras além das utilizadas. Não sei se utilizo cor ou não pois isso pode quebrar a ideia do antigo, do passado! Outra interpretação vai ser utilizar a sequência de fotos, mas directa ao assunto, traduzindo as palavras do poema por imagens. A ultima interpretação, talvez vá pelo caminho da ilustração, stopmotion, com a leitura do poema (som) à acapela. Ainda estou a pensar/pesquisar a última perspectiva pois ando meio confuso.

Ideais – Ode Triunfal

Como o poema por vezes me causa confusão, fiz um pequeno “resumo” das ideias principais assentes no poema, para não me perder enquanto faço a análise. Este poema fala-nos do início da industria mecânica em Portugal, Fernando Pessoa atribui a causa do seu nervosismo ao modernismo, a que ele chama mecanismos em furia! Neste poema fernando pessoa mostra-nos um conjunto de sensações com a exaltação da civilização moderna. Para ele o conjunto dos ruidos de todos os mecanismos da industria a funcionar irrita-o. As principais ideias deste poema são as sensações, as novas maquinarias da indústria (modernismo) e as suas respectivas engrenagens, rodas, roldanas, …

Quanto mais vezes leio o poema, mais novidades surgem.

À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!

Ode Triunfal, Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

Este é o meu poema escolhido para realizar a proposta, terá 3 perspectivas / interpretações de diferentes pessoas que ainda não estão definidas. Fernando Pessoa exprime com exaltação o excesso do seu orgulho em ser moderno e contemporâneo. Para ele é uma beleza industrial, desconhecida dos antigos, num desejo assumido de sentir as sensações. Representa assim de forma exagerada a importância do mundo moderno! Tive curiosidade em saber o que significa o titulo deste poema, então voltei a pesquisa para “matar” a curiosidade.

“A palavra ode, de origem grega, significa cântico laudatório ou de exaltação de uma pessoa, instituição ou acontecimento. Com o epíteto de Triunfal, pretendeu o poeta não só vincar, mas também hiperbolizar o significado de ode, apontando para qualquer coisa de grandioso, não apenas no conteúdo, mas também na forma, imprimindo-lhe uma sugestão de força ou exagero, em nítida coerência com a estética do Futurismo / Sensacionismo.”

Imagem e Narrativa

Pesquisa / Ideias

Será que a mesma viagem, feita por 3 viajantes diferentes é contada da mesma forma? Estes 3 viajantes profissionais contam, cada um à sua maneira, como foi a viagem feita por ambos. Decididamente que não terão as mesmas opiniões, ideias, pensamentos.

Esta imagem mostra-me através de um storyboard o que pode acontecer em apenas um dia, com os momentos chave, mais importantes, criando assim uma sequência de acontecimentos.

 

Para as pessoas, todos os textos iguais podem ter interpretações diferentes. O mesmo texto pode ser interpretado de maneiras diferentes e, por conclusão, serem retratados também de maneiras diferentes.

Andava a pesquisar sobre a nova proposta e encontrei este trabalho, acho a ideia incrível! As mesmas viagens vistas de 3 perspectivas diferentes.

Dados da viagem: 44 dias, 11 países, 18 voos, 38 mil milhas, um vulcão em atividade, 2 câmeras e um terabyte de fotos.

Narrativa + Imagem : 3 perspectivas diferentes

A segunda proposta deste ano é Imagem e Narrativa. O tema deste projecto é “a viagem” e temos de transmitir a mesma viagem de 3 perspectivas diferentes, sendo necessário utilizar imagens fotográficas.

Quando estava a pensar no que iria fazer, tive 2 ideias imediatas!

A primeira ideia é viagem no sentido real de viagem, uma ida/visita a algum país, localidade, e traduzir as perspectivas consoante o que é característico do mesmo. Locais onde andei, pessoas que vi, refeições que tive, linguagem, entre outras variadas sub-ideias. Mas esta ideia é demasiado directa, qualquer pessoa teria como ideia inicial, sem muito fundamento crítico. Contudo, seria interessante “apalpar” esta ideia pois nunca pensamos necessariamente em tudo o que há de diferente nos locais que visitamos, normalmente falamos apelas dos edificios, transportes, etc… Tudo o que é mais facil de analisar.

A segunda ideia tem como base a poesia, poesia portuguesa. Será que pode haver mais do que uma perspectiva/interpretação da mesma pessoa perante um poema? Ou será que cada pessoa tem uma perspectiva/interpretação diferente do poema escolhido? Há varias maneiras de interpretar um poema, podendo variar entre as características do autor, uns mais surrealistas do que outros, outros mais directos, críticos, pensando sempre nos problemas do mundo ou dos amores. Cada interpretação pode ser considerada uma viagem imaginária, a minha ideia é escolher um poema, português, ainda não sei qual autor, talvez Fernando Pessoa, Camões, Cesário Verde, Mário Cesariny e fazer as 3 perspectivas diferentes, a minha e de mais 2 pessoas.

Christmas Bizarre :: PopUp Shop

Caixas Vazias / Empty Boxes 

Com base na boneca Matrioshka, um brinquedo tradicional Russo, constituída por uma série de bonecas, feitas de diversos materiais, que são colocadas umas dentro das outras, da maior (exterior) até a menor (interior).

Esta ideia consiste no presente surpresa, a pessoa está à espera de receber alguma coisa mas, bem lá no interior, não tem nada. São 7 caixas de papel (plike touche 330 gramas) que se encaixam todas dentro uma das outras, 1 caixa que é a embalagem, toda preta com o logo e 6 com padrão e cores inspiradas no natal, sequenciadas, impressos em serigrafia. A pessoa abre, abre, abre, e volta a abrir as caixas e não terá nada lá dentro!

Contudo, quem comprar o conjunto “Empty Boxes” poderá colocar algo lá dentro, tendo assim várias funcionalidades; pode servir para guardar algo, para oferecer um presente a alguém ou para ser oferecida, sem nada lá dentro.

Através da árvore de natal, defini o padrão. O triângulo, a forma básica do pinheiro de natal colocada consecutivamente originou o padrão. Padrão esse que foi utilizado em todas as 6 caixas de cada objecto, com 2 tamanhos diferentes utilizando apenas o vermelho, creme, preto e branco.

O nome escolhido, Empty Boxes consiste na intenção do objecto, no objectivo dele. Empty + Boxes significa Caixas Vazias, interlaçando assim o objecto com o seu próprio nome. No logo utilizei a peça principal do padrão, o triângulo, pra simbolizar o natal (árvore de natal) em conjunto com um tipo de letra extremamente denso com uma cor neutra, preto e branco.

Depois de ter todos os materiais necessários, comecei o processo de produção:

  1. Criei a planificação da caixa, mudando o tamanho dela 7 vezes para que se encaixassem sequencialmente.
  2. Com cartão, criei os diferentes moldes para que fosse mais facil e rápido o desenho das planificações nas folhas de papel 70cm x 100cm
  3. Desenhei todas as caixas nas folhas, de forma a poupar o máximo espaço possível na folha, visto que tinha mais de 90 caixas para fazer.
  4. Recortei todas as caixas
  5. Abri e preparei todos os quadros necessários em serigrafia, com o apoio da Prof. Catarina
  6. Imprimi o padrão com diferentes cores nas caixas, e também os sacos de transporte
  7. Coloquei fita cola de dupla face no unico ponto de colagem da caixa
  8. Vinquei cuidadosamente as caixas para não ter problemas na montagem
  9. Montei as diferentes caixas, intercalando as cores.
  10. Coloquei todas as caixas dentro uma das outras.
  11. Colei o autocolante na primeira caixa, a embalagem.
  12. Desenhei e cortei a planificação do suporte para colocar o cartaz do stand “empty boxes”

Saco para as caixas em papel com o logo impresso em serigrafia. O objectivo deste saco é de transporte e protecção do respectivo objecto.

Objectos finais, prontos a ser vendidos.

Outdoor do evento

Fotos do Evento!

Caixas Calendário

Com base na proposta escolhida, da boneca Matrioshka, o objectivo seria oferecer um calendário em que cada caixa correspondia a 1 mês, tendo assim 12 caixas (12 meses), todas dentro umas das outras em que cada mês que passasse tirava-se uma caixa! Em dezembro, a ultima caixa, teria o presente lá dentro. A pessoa teria assim de esperar um ano inteiro para poder abrir o presente que lhe foi oferecido. Poderia assim funcionar como calendário e claro, como o presente datado, fazendo a contagem decrescente para o abrir, podendo ter ou não algo lá dentro.

Puzzle // Postal 

Consistia em criar um puzzle com 6 peças cubicas em que cada uma das faces teria uma imagem ou postal que, quando montados correctamente criava a imagem correcta. Podia também funcionar como um presente, podendo oferecer a outrem. Na embalagem do jogo, poderia costurar a mensagem que quisesse, com uma agulha e linhas fornecidas na mesma.

Kit Presentes

Esta ideia consistia em criar um kit para transportar e criar um presente, não sendo necessário o tipico embrulho. Este kit numa só caixa poderia levar vários presentes, caixas, tendo como principal limitação o tamanho do presente para que todos os se encaixassem perfeitamente numa só embalagem. Assim as pessoas não precisam de ir carregadas com as prendas, levariam tudo numa só! As caixas poderiam ser todas iguais, ou não, dependendo da pessoa a quem se destinava, poderia ter uma etiqueta para os diferenciar. Praticamente seria um presente 2, 4, 6, 8, 10 em 1! Levar tudo numa só embalagem.